O Ramalhete

Longos annos o Ramalhete permanecera deshabitado, com teias d'aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrindo-se de tons de ruina...

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amante de lírica, arte em geral, psicologia & psicanálise

sábado, janeiro 05, 2008

segunda-feira, março 13, 2006

Slobodan Milosevic: suicídio e narcisismo

O suicídio tem a particularidade de convocar enfoques mil, do ponto de vista estritamente psicológico.

Corolário da melancolia - expressão major da ansiedade de perda -, o suicídio é, também, inquestionavelmente a manifestação absoluta da revolta pela não-revolta, como bem frisa António Coimbra de Matos, um dos meus mestres.

Pela parte que me toca, encaro-o na sua vertente mais narcísica, enquanto manifestação magna da omnipotência.



A morte de Slobodan Milosevic, ao que tudo indica, resultou de um acto deliberado do próprio, com o intuito expresso de pôr termo à vida.

Habituado ao poder quase-absoluto, triunfal, Slobodan, com este gesto, torna-se autor do seu próprio destino, fixando o termo da sua existência.

O seu gesto é, pois, de um triunfalismo absoluto, decorrente de uma prepotência magnânima: escapa a tudo e todos, o mesmo é dizer à justiça dos humanos...



[Pode ser que outros déspotas lhe sigam o exemplo... Alguém ouviu falar de Augusto Pinochet?]

quinta-feira, agosto 18, 2005

Don Quixote de la Mancha...


... resistirá, contra tudo e contra todos !

Como o devido respeito pelo Poeta da Revolução, a sua cruzada presidencial tem contornos verdadeiramente quixotescos...


quarta-feira, julho 20, 2005

Que bela imagem...


Data de 1930 !

quinta-feira, julho 07, 2005

VERSOS PORQUE, EM LONDRES...: Londres & 1bsk...

... aqui vai o meu contributo, Alexandre.

Come away, come away, death,
And in sad cypress let me laid;
Fly away, fly away, breath;
I am slain by a fair cruel maid.
My shroud of white, stuck all with yew,
O prepare it!
My part of death, no one so true
Did share it.

Not a flower, not a flower sweet,
On my black coffin let there be strown;
Not a friend, not a friend greet
My poor corpse, when my bones shall be thrown:
A thousand thousand sighs to save,
Lay me, O where
Sad true lover never find my grave,
To weep there!

(William Shakespeare,
from Twelfth Night, Act II, scene 4)

Em 1938, a partir deste poema, Gerald FINZI compôs uma canção de título homónimo, integrada no ciclo Let Us Garlands Bring, exclusivamente baseada em poemas originais de Shakespeare.

Para ouvir, na belíssima interpretação de Bryn Terfel, acompanhado por Malcolm Martineau.


(DG 445 946-2)

(post partilhado: igualmente presente em Opera e Demais Interesses)

quarta-feira, julho 06, 2005

Em defesa do Bom Jornalismo

Mário Crespo é um jornalista de craveira, com provas dadas.
Aprecio a sua imensa serenidade e o seu estilo singelo, sem histrionismos de vedeta chica-esperta (as mangas arregaçadas de Ricardo Costa são disto o mais patético exemplo) !

terça-feira, julho 05, 2005

Tranquem-no na Mitra !

Alberto João Jardim é inqualificável. Tem essa qualidade rara.

As recentes declarações do Presidente do Governo Regional da Madeira - onde a criatura exorta os madeirenses a não receberem cidadãos de outras etnias, no arquipélago da Madeira -, dão conta do que de mais vil, ignóbil e grotesco há na sua alma.

Em qualquer pais decente, este ser estaria encarcerado num hospital psiquiátrico, há anos.

Imagino-o a regozijar-se com o efeito produzido pelas suas palavras. Que asco !

Perto de AJJ, Valentim Loureiro, Avelino Ferreira Torres e Isaltino de Morais, em matéria de estilo de intervenção, são senhores da mais elevada extracção !